quarta-feira, setembro 24, 2008

maxell cromo e basf ferro



nunca disse isso a muita gente, muito menos aqui no blog, mas eu não desgosto do meu trabalho e até gosto dos meus colegas de trabalho. Felizmente tenho colegas que até percebem de música, no seguimento disto, um deles - Norberto de nome (Nidberto é o nome verdadeiro) - na sequência de ter comprado e levado para o trabalho o bom trabalho feito por Aristides Duarte, Memorias do Rock português, emprestou-me 3 Lps (sim, em vinil!!!):
UGF - Estou de Passagem Lp (1982)
Steet Kids - Trauma LP (1982)
Iodo - Manicómio LP (1982)
Primeiro, devo dizer que já não tinha um colega que me emprestasse vinil desde a secundária;
Segundo: só me deu vontade de lhe dizer: vou gravar isto para uma Maxell cromo (metal não que estragava as cabeças do deck e depois tínhamos de comprar uma cassete de limpeza ou usar um cotonete com álcool) e devolver-te - fosga-se lembram-se disto? E lembram-se de rebobinar as cassetes com uma caneta bic para não gastar as pilhas do mega walkman da sony (o ipod da altura era o sony amarelo à prova de água).
Quanto aos discos:
- Street Kids - musica é muito semelhante ao que fazia fora daqui, sobretudo ao new wave britânico ou vanguarda, (como se chamava na minha altura). As letras são bem punk rock. Letras como: Propaganda, Tropa Não ou Nova Atitude; são típicas de quem viveu a guerra fria ou o medo de se chegar aos 18 e ter de se deixar tudo para vestir a farda. Acredito que para muita gente que lê este blog, uma música sobre Tropa não faz qualquer sentido. Aliás o termo tropa deixou de existir no vocabulário de quem já nasceu nos anos 90. Bom disco para a época.
- UGF - disco com coisas muito boas e coisas muito más. Destaco: Noites Lisboetas e Estou de Passagem; bem mais próximas de Cavalos de Corrida e Jorge Morreu, ou seja bom rock português. O resto é chato.
- IODO - a banda que menos esperava e é de facto, para mim a mais fraca (neste disco, claro). Pop Rock bem à anos 80. Letras meio psicadélicas e alguma critica social. Ouve-se bem, mas pouco mais.
Destaco sobretudo a qualidade das edições, a originalidade das letras, uns furos acima de algumas coisas que se fazem hoje em dia por cá. Sobretudo o disco dos Iodo em gatefold.
Tudo isto para dizer que é bom ter o prato de vinil aqui ao lado do pc, a tocar estes 12" com aquele cheiro a mofo que só o vinil e o encarte do vinil consegue ter. Maravilhoso!

1 comentário:

Anónimo disse...

Chavalo, emprestas-me o "Arise" e o "Beneath the Remains"?
Encontramos no intervalo das 15:50, atrás do pavilhão B.
Devolvo-te os discos amanhã (mesmo sem os ouvir! hehehehehee)

Chavalinha